
Speed Talker Mark Zuckerberg, o do filme, não o real, o que é interpretado por aquele moleque de queixo fino cujo nome eu esqueço, disse, em uma das mais memoráveis citações de The Social Network, que os sujeitos que o interpelavam na ação judicial não faziam ideia do nível de trabalho avançado que ele estava desenvolvendo e ao qual ele poderia estar se aplicando, se não estivesse sendo injustamente detido em processos frívolos. Pelo menos eu acho que foi assim, nem vou olhar no IMDb. Me parece uma pretensão comum de tech workers, de que o trabalho que desenvolvem é tão elevado, quando as features avançadas que estão sendo adicionadas à experiência humana são a habilidade de selecionar entre cinco tipos de reações a uma mensagem em vez de apenas o like.
Empresas de tecnologia também parecem hellbent em me oferecer novas formas de pagamento para as coisas. Atualizo meu celular, a contragosto, e a Samsung recoloca o Samsung Pay escondido na parte inferior da tela. Se eu havia optado por desativar o Samsung Pay antes da atualização, ele retorna como uma fênix para saber se eu mudei de ideia. Ainda não aceita nenhum dos meus cartões.
O mercado de soluções de pagamento via celular me faz sentir desconectado da experiência dos fellow humans, espécie da qual eu faço parte, sem nenhuma dúvida. Prometem uma experiência mais rápida, fácil, sem esforço na hora de pagar, mas eu nunca fiquei acordado à noite pensando em como poderiam ser otimizados os passos envolvidos em dar dinheiro pra um comerciante. O processo de colocar um cartão numa máquina e digitar um código de 4 números deveria ser suficientemente simples, mas claramente apenas tolos pensam dessa forma. Em realidade, se trata de mais uma atividade que eu aceito impensadamente, que tem muito a ser polida e um longo caminho para se tornar perfeitamente africcional.
Quanto tempo tempo combinado, em man-hours, nós coletivamente gastamos fazendo pagamentos, laboriosamente digitando 4 números de um PIN repetidamente, por dias, anos e, agora, décadas. O salto tecnológico que poderiamos ter dado (medido em features adicionadas ao Facebook) se não fosse essa ineficiência fundamental; choro de pensar na tragédia.
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