
Não me lembro se no piloto ou se na própria série (imagino que fosse no piloto), mas em algum momento de Death Note, o personagem principal escreve o nome de alguém no caderno com o caveat de que a pessoa teria uma "morte pacífica". Era possível descrever como a vítima morreria no caderno e esse sempre foi um bit específico de nonsense da história que adicionava um pouco de sabor. A regra permanece na versão final de Death Note, onde há momentos em que Light escreve que alguém será morto por atropelamento, forçando a pessoa a atravessar a rua.
A ideia de que o Death Note não é só uma máquina de ataque exógena, mas algo que se aloja no cérebro da vítima é interessante.
Imagina se, canonicamente, o Death Note fosse uma ferramenta de controle mental do Projeto MKULTRA? Afinal, esse é o maior poder do caderno. Talvez as mortes fossem só um efeito colateral do uso de psicotrópicos.
E o shinigami acoplado ao caderno? Outra alucinação. O Death Note, afinal, era só mais uma obra de arte expressionista financiada pela CIA.
Mas, de fato, o fator mais solto em Death Note era a tal morte pacífica, porque não apenas o caderno poderia te atacar de alguma forma, mesmo que sobrenaturalmente, mas poderia modificar a própria estrutura da realidade, cessando sua vida sem dor, sem doença, sem trauma. Um processo de senescência infinito. Talvez o dono do caderno pudesse escrever sobre uma próxima vítima: "Ele desaparecerá do universo sem deixar rastros, sua matéria subtraída do tecido do real para sempre".
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