8 de dezembro de 2004

Grande clássico da literatura infantil revisto para os tempos modernos

Eram três irmãs. Jovens. Uma pobre, uma de classe média e uma rica. Chamavam-se Neide, Gisneide e Marineide, respectivamente. As três muito atraentes, por sinal. As três casadas. Neide era muçulmana. Gisneide era católica - porém, não praticante. Marineide não tinha religião.

As três, apesar das diferenças de crenças, costumavam sair para passear juntas. Ficavam andando pelo perímetro urbano de sua cidade - Dois Córregos, no interior de São Paulo. Andavam pela pracinha. Compravam pipoca. Ficavam tricotando sobre as amigas. O único fato intrigante sobre o passeio das três, no entanto, era que elas sempre eram cantadas por Paulão - um negão de 2,17m, forte e, curiosamente, galante. E sempre gostavam, nutrindo grande afeto pelo nobre negão de 2,17m, forte e, curiosamente, galante.

Eis que, por um acaso do destino, os maridos das três moças viajam ao mesmo tempo, a negócios. O marido de Neide foi catar latinha em um lugar melhor. O de Gisneide foi visitar os pais. Já o cônjuge de Marineide viajou à Europa, buscando novas alianças comerciais.

Os três decidiram colocar cintos de castidade em suas esposas antes de irem. O mais rico colocou em Marineide um cinto de palha. Confiava na esposa. Gisneide ganhou de seu marido um cinto de madeira. Confiava medianamente em sua mulher. O marido de Neide deu a ela um cinto de cimento e tijolos. Embora fosse pobre, era esforçado. Não queria saber de sua mulher se enrabichando para o lado de ninguém - até porque sua religião era muito contundente nesse ponto.

Os maridos se ausentaram e as esposas, como normalmente faziam, foram passear na praça. Depararam-se com Paulão e acabaram cedendo à antiga atração que tinham por ele. Combinaram de se encontrar com Paulão cada uma em um dia, cada uma em sua própria casa.

Paulão foi primeiro à casa da rica Marineide. Ela não teve a mínima preocupação. Só queria prazer. Paulão não teve dificuldades em romper o cinto de castidade de palha, afinal, era um negão de 2,17m, forte e, curiosamente, galante. Foi uma noite de sexo selvagem.

No outro dia, Paulão foi à casa de Gisneide. Marineide também foi para lá. Gisneide teve até um pouco de medo de ir para o inferno. Mas desejava Paulão. Este que teve alguma resistência por parte do cinto de madeira quando tentou rompê-lo. Mas conseguiu, afinal, era um negão de 2,17m, forte e, curiosamente, galante. Foi uma noite de orgia selvagem.

Paulão, no dia seguinte, foi até a humilde casa da muçulmana hesitante Neide, que temia queimar no fogo do inferno. Mas também desejava Paulão. Suas irmãs foram para a casa dela também. Paulão tentou quebrar o cinto da moça. Pensou que ia conseguir facilmente, porque, afinal, era um negão de 2,17m, forte e, curiosamente, galante. Foi com tudo.

Fraturou o pênis.

O cinto de castidade de cimento e tijolos era mais resistente do que ele pensava. Nunca mais se relacionou com nenhuma mulher. O marido mais pobre preservou a integridade de sua esposa.

Moral da história: é dando que se recebe.

Não, não é essa. Ah, é essa: o mais esforçado sempre se dá bem em contos de fada. Relapsos se fodem. Mas normalmente os relapsos são ricos, como agora. Eles podem pagar por sexo e não perdem nada.

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