7 de dezembro de 2004

Financiem meu avestruz

Jô Soares acabou de entrevistar um criador de avestruzes. Não sei se ele é dono da Avestruz Master. Talvez seja. Não averigüei por preguiça. A Avestruz Master faz umas propagandas dizendo que temos que investir nosso rico dinheirinho na empresa. Dizem que é um negócio rentável e que nem precisamos de terras. Entramos com o dinheiro, eles criam.

Sinceramente, para que eu quereria financiar uma criação de avestruz e nem poder dar uma olhadinha nos meus avestruzes? Qual a vantagem de criar avestruzes e nem vê-los? Duvido que eles não ficam estressados naquela criação, só vendo a cara de outros avestruzes. Mande-os para meu apartamento. Pelo menos pelo fim de semana, para eles me fazerem companhia. Podem dormir no quarto de hóspedes. A cozinha tem comida para os pobres avestruzes. Devo até ter umas bermudas que caibam neles.

Disponho de uma acomodação confortável aqui em casa. Se não tenho ar condicionado, tenho ventilador. O único inconveniente seria o banho dos avestruzes. Acho que eles não cabem no box do banheiro. Teriam que tomar banho de mangueira.

***

Desde que aprendi webdesign, nunca ganhei um centavo com os layouts que faço. Talvez eles não mereçam pagamento mesmo. Provavelmente são ruins. Se são ruins, por favor, não me peçam para fazer. No mundo que eu sonho, ninguém quer um design ruim para o próprio site.

Agora, se quiserem que eu faça um layout para vocês, que estejam dispostos a pagar. Não responderei a nenhuma requisição de template até que falem em dinheiro. Se a conversa começar com cifras altas em dólar, responderei instantaneamente. Não sejam avarentos e paguem bem. É o mínimo que peço.

Afinal, quero começar uma criação de avestruzes. É um motivo nobre.

Ps.: Só não sei porque diabos criam avestruzes. Nunca vi alguém andando com botas de couro de avestruz pela rua. Nem querendo comer carne de avestruz no almoço. Para mim, o único motivo plausível para criar esses bichinhos seria para companhia. Se alguém me pagar por um layout algum dia, compro até uma coleira para meu avestruz - que se chamaria Totó.

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