1 de janeiro de 2005

Réveillon

Lula disse que temos que tratar bem a natureza, porque se tratamos mal, às vezes, ela manda um maremoto para se vingar. Jogamos um monte de porcaria no mar durante o réveillon, o que me leva a acreditar que 2005 no Brasil vai ser uma maravilha.

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Eu nunca entendi muito bem qual era o significado simbólico de jogar flores e garrafas no mar durante o réveillon. Sempre interpretei como sendo um aviso ao mar. "Estamos jogando flor agora e é para você se preparar, mar, porque durante o ano vamos jogar esgoto."

Segundo a Umbanda e o Candomblé, Iemanjá é a rainha das duas águas salgadas: das lágrimas da mãe que chora pela vida do filho e do mar, onde ela mora. A Umbanda e o Candomblé também dizem que Iemanjá aceita oferendas que jogamos na praia.

A julgar pela quantidade de garrafas e flores que havia hoje na praia, suponho que Iemanjá não aceitou muitos presentes. Achou tudo muito barato e jogou de volta para a areia. "O quê? Garrafa de sidra? Bando de pobre!" "Outra rosa de jardim? As pessoas estão a cada dia mais avarentas!"

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