26 de fevereiro de 2011

Abra sua kbça

Um dos papéis que assumi na minha vida quotidiana (saquem meu uso elegante do qu - haha, aqui o humor é ralé mesmo) é o de QUESTIONADOR DE PREMISSAS.

Quer que eu dê um exemplo? Vou te dizer um exemplo. Ontem eu estava aqui jogando Tomb Raider: Anniversary, andando por uns lugares muito doidos do Peru (tem até dinossauro), cheguei numa porta enorme de pedra, trancada. Fui dar uma espiada esperta no diário da Lara para saber o que ela achava sobre o assunto e lá estava, ipsis litteris: "There must be a way to open this door."

Pff, faz-me rir. Quem disse que deve haver um jeito de abrir a porta? Deus? Que raciocínio tosco, sério. Não há nada neste mundo indicando que todas as portas sejam abríveis. Direto eu chego em portas gigantescas trancadas e não saio por aí presumindo que dê pra abrir tudo. Elas estão fechadas, talvez sempre tenham estado fechadas.

A porta lá de Tomb Raider, inclusive, é da época inca. Vai que os incas nunca abriam suas portas. Eles construíam elas abertas e fechavam uma vez. Provável que, por ser uma civilização muito antiga, não conhecessem o conceito de abrir. Acho que só depois da dominação pela gloriosa raça europeia eles entraram em contato com o conceito de "abertura".

Tendo basicamente refutado dialeticamente o raciocínio infantil de Lara Croft, eu saí do jogo satisfeito por ter chegado ao fim. Um pouco decepcionado por não ter tido algum filmezinho e tal, mas que eu zerei o jogo, zerei. E a Lara vai ter que tomar algumas aulas com, sei lá, ARISTÓTELES, antes de vir com essa conversinha fiada de "tem que ter" isso ou "deve ser" aquilo.

Mas também, gostosa demais a mulher, não dava pra esperar muita massa cinzenta.

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