Em uma época na qual o que mobiliza os corações mais simplórios redes sociais são disputas entre milk shakes de redes de fast food, é importante que marcas de maquiagem como a Quem disse, Berenice? coloquem o pau na mesa e façam campanhas que fazem as perguntas difíceis.
Pode querer ter filho? Pode. Pode não querer ter filho? Também pode. Foda, feminismo redux, parabéns à consultoria de marketing feminista por ser uma risk taker, trendsetter. Mais marcas deveriam estar nessa vanguarda.
Próximas perguntas da campanha:
É assim que eu gosto da minha publicidade, ativismo e posicionamento sobre questões muito atuais, controvérsias presentes na vida pública.
Infinitas possibilidades, tudo sempre questionando as barreiras impostas pela sociedade ao feminino enquanto vende maquiagem.
Considerando sua faceta edgy recém-descoberta, acho até que a Quem disse, Berenice? acharia 100% kosher mandar umas paradas tipo "Mulher trans é mulher? Sim, fodam-se as radfem", "Aborto até 9 meses? Pode, sim" (se mandassem essa última, eu comprava as porcariadas deles pra distribuir na rua).
Eu quase consigo imaginar o brainstorming dos infelizes da agência de publicidade que fizeram essa merda, anotando as paradas mais mongolóides pra sinalizar o pertencimento da marca aos anos 10.
Couch activism é coisa do passado, 2016 vai ficar marcado mesmo como a era de ouro do low stakes activism.
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