15 de novembro de 2013
Quando eu quero reclamar de algo, escrevo no meu blog, não no Facebook
Quando vou a cabeleireiros, eles tendem a ter imagens incríveis de cabelos nas paredes, umas franjas absurdas, umas cores idiossincráticas, penteados ousados. Então decidi que de agora em diante toda vez que eu observar um quadro de um cabelo impressionante, vou perguntar quem é aquela pessoa e quando foi feito o corte.
"Ah, a gente não conhece essa pessoa, é só um quadro decorat..." Trata-se, portanto, de fraude. Já pensou se fôssemos em tatuadores que mostram o portfólio não de tatuagens que eles fizeram, mas de outros caras? "Ah, nesse livro não tem minhas tatuagens, só são umas imagens de que eu gosto e coloquei aí."
Eu honestamente não sei ainda como a Globo não fez alguma reportagem investigativa com essa fraude abjeta que ocorre quotidianamente em toda a pátria; sempre que chego em casa espero gravações com imagem granulada e áudio inconclusivo com legendas no Jornal Nacional de cabeleireiros admitindo que nunca fizeram nenhum dos penteados que adornam suas paredes.
Isso num país que passou a semana inteira investigando se o Rei do Camarote era real ou não.
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