22 de agosto de 2013

Vasco, 115 anos



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Quando eu era moleque, meu pai fazia questão de me levar e levar minha mãe para a casa de praia todo fim de semana. Mesmo quando não tinha ninguém na praia, fora das temporadas de férias, a gente ia pra lá ficar boiando sem fazer nada.

E lá tinha uma mesa de futebol de botão que tinha sido do meu irmão e que eu jogava absolutamente o dia todo. Autistão lá, forever alone, eu ficava trocando de um lado pro outro jogando botão comigo mesmo.

Como meu pai era Vasco e meu irmão também eram Vasco, naturalmente eu iria gravitar para o Vasco na minha vida. Principalmente considerando que um pouco mais tarde, lá pro final dos anos 90, o Vasco seria uma máquina de ganhar título, era zueragem o dia todo na escola com a torcida rival, nonstop. Mas acho que a maior influência no meu vascainismo foi o futebol de botão.

As pecinhas pretas com a faixa diagonal branca e a cruz vermelha eram as mais iradas do set. Os outros times, pelo menos os que eu tinha, tinham os adesivos palhões lá. Cores sólidas ou uns listrados nada a ver. O Vasco era puro estilo em peças de resina e caixinhas de fósforo para o gol.

15 anos depois, ainda continuo Vasco. O clube em si até tentou fazer com que o seu jogo de botão ficasse mais feio, assinando uns fornecimentos de uniforme suspeitos com umas Champs da vida nesse meio tempo, mas é impossível. As pecinhas do Vasco vão ser sempre as mais iradas.

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