Em Death Note, o caderno mágico epônimo permite a seu usuário matar qualquer zé neguinho, é só saber o nome dele e qual é o rosto do sujeito. Com essas duas informações, é só escrever o nome no caderno e bum, mais um defunto. E saber o nome da pessoa nem é lá um grande problema, porque tem HAX na série que permitem que o portador do caderno veja o nome de quem quer que olhar, sabendo até a grafia mongol que os pais do infeliz inventaram. Mesmo que você se chame Deyvÿssóhn, você não está a salvo dos poderes assassinos do caderno.
Com esse poder foda, o personagem principal da série, o Light, acaba com as guerras, com o crime e infunde medo no coração das crianças de todo o mundo, que têm medo de fazer qualquer coisa que irrite o rapaz e morrer instantaneamente.
Here's the thing. O negócio é que dá pra dobrar as regras do caderno. Se o portador não vir a cara do alvo, já era, não vai matar, otário. É só usar máscaras que já era o poder. Na verdade, no final da série a polícia até faz isso pro Light não poder atingi-los, só que isso me parece pouco. Por que as máscaras não passaram a ser usadas em massa no mundo?
Quer dizer, duvido que o Light tenha matado qualquer um no Carnaval aqui no Brasil nos anos em que ele reinou o mundo. Todo mundo mascarado, algumas pessoas sem qualquer senso de ridículo, inclusive, e todo mundo vivo. Bota uma meia na cabeça, assalta todo mundo e o portador do caderno não vai poder fazer nada contra você.
É engraçado que a série inteira tenha sido construída sobre um conjunto de regras mas que o conjunto de regras seja tão facilmente dobrável. É claro que a série nunca leva as regras às últimas consequências (apesar de ser um desenho bem inteligentinho).
Na verdade, dado que com essas poucas coisas liberadas uma pessoa poderia morrer, haveria uma crise de identidade no mundo. Todo mundo passaria a usar apelidos, todo mundo passaria a usar máscaras. Seria um problema para os governos. Ninguém confia em ninguém, o governo não teria como rastrear os cidadãos e controlá-los.
Até o comércio ficaria altamente patético num mundo com o Death Note de verdade. Como o comércio requer uma dose razoável de confiança e essa confiança não existiria com a anonimidade total, geral ia ficar miserável. O que seria uma ironia massa se tivesse sido explorada na série, já que o Light, megalomaníaco, queria criar uma sociedade perfeita. Ia acabar destruindo tudo.
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OUTRO ASSUNTO DE IMPORTÂNCIA VITAL: e quanto a maquiagem? Se o usuário do Death Note olhar pra cara de alguém e a pessoa estiver lotada de maquiagem, vale? É só escrever no caderno o nome que ela morre?
Porque assim, parece meio injusto que máscaras te deixem imune e maquiagem não deixe. Porque tem umas maquiagens por aí que vou te contar, viu.
E se o cara troca legalmente de nome, o nome antigo escrito no caderno ainda vale?
ResponderExcluirE caso de dupla personalidade, com nomes diferentes. Morre uma e o cara tá curado?
Outra, imaginemos um cara transexual, que toma hormônios e tem silicone, mas ainda não tirou o pau, que legalmente se chama Adalberto, mas é conhecido por Julia. Se o nome escrito no caderno for Julia, ele volta se sentir homem? E se for Adalberto, matando o seu lado homem, o pau dele cai apodrecido?
E se uma pessoa tiver perdido parte do rosto num acidente? A série diz que você precisa saber qual é o "rosto" da pessoa. Se ela não tiver um rosto, stricto sensu, como funciona? Aquele cara mesmo de Johnny Got His Gun nem tinha uma mandíbula.
ResponderExcluirE se a pessoa não tiver nome? Pseudônimo vale? Apelido vale? Isso acontece, pô.
Dúvidas, dúvidas.
Não coloquei nem meu nome neste comentario, tenta escrever meu nome no Death Note agora Kira!
ResponderExcluirNossa, eu rir d+ quando você falou ''Em Death Note, o caderno mágico epônimo permite a seu usuário matar qualquer zé neguinho''
ResponderExcluirBom, pelo que eu sei, sem maquiagem ou não, isso não importa, da pra ver do mesmo jeito, só se aparecer pelo menos a metade do rosto, o rosto todo, ou só os olhos nariz e boca (sem mascará) da pra ver o nome, se tiver com mascará não da pra ver nada (ou algo que interfira de ver o rosto do sujeito)