4 de outubro de 2005

Legítima defesa

Hesitei em escrever esse post porque, ah, está todo mundo postando sobre o tema, não queria parecer vulgar. Mas vamos lá. Há algum tempo, eu estava discutindo no orkut com uma garota sobre o desarmamento, defendendo ardorosamente minha posição a favor das armas, contra a vida e contra a paz. Argumentei dizendo que proibir as armas era um ataque ao direito fundamental da legítima defesa. Ela me respondeu que não, que desarmar não é atacar a legítima defesa, que o desarmamento apenas nos veda um dos meios de exercê-la. Ou seja, se quiser exercer a legítima defesa, pegue um extintor de incêndio e arremesse na cabeça do agressor, porque arma de fogo não vale. Quando ela me disse isso, rapidamente me ocorreu uma situação como a que descrevo a seguir.

Um bandido armado invade a casa de um cidadão à noite e este acorda ouvindo um barulho. O cidadão levanta da cama e pega o revólver para espantar o invasor. Com cuidado, ele chega por trás do bandido e aponta a arma na cabeça dele:

- Parado aí!
- Opa, um minuto aí, legítima defesa, só sem armas!
- Nossa, é verdade, como fui estúpido. - diz o cidadão, enquanto joga seu revólver no chão.
- Foi mesmo. Onde já se viu? Usar armas para exercer a legítima defesa? A que ponto chegamos, meu Deus!
- Olha, espera um minuto aí, não se mexa, não saia do lugar, vou lá na garagem pegar meu facão de churrasco para exercer meu direito, ok?
- Claro, vá em frente. Ainda bem que estou invadindo a casa de uma pessoa racional...

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