21 de fevereiro de 2014

Sim, já passei dos 60 segundos no modo Hexagoner e agora tô trabalhando no Hexagonest, slow and steady


No revéillon descobri os prazeres de julgar quem estava online no Facebook via web em vez de mobile, como sói acontecer com pessoas normais ou ao menos aquelas que se envergonham – como devem – de estarem em casa vendo o Show da Virada. Opressão justificada no caso, temos todos que agradecer a Mark Zuckerberg por incoporar essa funcionalidade completamente desnecessária a sua rede social.

Fato é que o revéillon só acontece uma vez por ano e nem adianta tentar forçar a barra chamando geral para bebemorar (mando muito nos neologismos) o ano novo chinês, judeu ou muçulmano, porque, pra começar, ninguém gosta dessas gentes, então a gente acaba pagando de otário. Hence, só rola 01 oportunidade em nosso calendário cristão-gregoriano para julgar as pessoas que deveriam estar socializando mas não estão e isso me deixa triste deveras.

Então resto do ano tenho que ficar escolhendo novos motivos para julgar pessoas e excluí-las da minha vida, fazendo com que eu me torne uma pessoa ranzinza e sozinha no final das contas, mas que me faz sentir muito bem quando estou apontando o meu dedo fétido para aquele ser humano infeliz. Exempli gratia, julgo essa gente que tem carro cinza/prateado.

Noh, como eu fico odiando silenciosamente essa galera, essa maioria de mouthbreathers, knuckledraggers, neckbeards. Trata-se de um dos grandes problemas da cultura nacional, o fato de que todos compram carros cinza e tiram a cor, o brilho e a alegria de nossas metrópoles. Falha de mercado, ninguém consegue sair do ciclo vicioso, compramos carros prateados porque carros prateados vendem mais fácil. E quanto ao resto da paleta de cores? Porque neguinho gosta tanto de se restringir do #CCCCCC ao #333333? Vai saber, sei que tô julgando a mongolitude de todo mundo de dentro do meu carro imaginário azul/vermelho com stripes no capô.

Sério, carro cinza é complicado, o veículo parece inacabado (discai), parece que deveria retornar às fábricas do nosso querido ABC paulista porque chegou na rua e percebe-se que esqueceram do paint job. Não dá, carro cinza vale a bile liberada a qualquer momento.

Also, julgo pessoas que colocam foto própria no wallpaper do celular. Ou, pior, do namoradx. Ou, pior, de si e do namoradx.

São aquelas típicas pessoas que faziam perfis de casal no Orkut: "Flávia e Geraldo" - nunca sabíamos com quem estávamos falando. Mark Zuckerberg pontua novamente por ter acabado com perfis de casais, mas seu histórico fica um tanto turvo por ter dificultado minha atividade de odiar gente semi-gratuitamente.

(DIGRESSÃO: Será que indivíduos bissexuais entravam em contato com esses perfis de casal? "Olá, quem está falando aí? BRINCADEIRA, serve qualquer um.")

Outra coisa que me faz odiar bastante outras pessoas é quando esses CEOs de redes sociais ficam comprando aplicativos por US$ 16 bilhões. Encontrei o Mark Zuckerberg (terceira citação no texto, já virou clickbait) outro dia – true story – e fiquei odiando o maluco profundamente durante toda nossa viagem de elevador, no cerne de minha psoa, por conta da compra do WhatsApp.

Minha vida pós-Facebook ter comprado WhatsApp: agora, poderei sincronizar minha lista de contatos do Facebook com a do WhatsApp, que então sincronizará meus contatos do Instagram, que poderá postar diretamente para meu Facebook e enviar sincronizadamente minhas fotos para o Twitter e para meus contatos no WhatsApp, que também estarão sincronizados com os contatos do meu celular, LinkedIn, Skype, Foursquare e Netflix. Sim, é isso que nossas vidas se tornaram.

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