27 de agosto de 2009

Um roteiro que talvez eu use algum dia para o começo de um mangá shonen

Estava andando na rua ontem e pensei num roteiro pro começo de um mangá de ação. Se eu tivesse mais talento e menos preguiça, provavelmente desenharia a história. Como eu não tenho mais nem menos de nenhum dos dois, respectivamente, vou postar aqui a ceninha.

Disclaimer: provavelmente o meu pensamento está excessivamente contaminado por Bleach. Sou fã.

Capítulo 1

Estão dois adversários no meio de uma rua movimentada, impedindo a passagem dos carros. Um, o herói da história, usa camisa larga, bermuda e tênis. E uma espada. O seu inimigo usa calça jeans, camisa larga, tênis. E uma espada também. Os carros buzinam exigindo que eles saiam do caminho, mas eles acabam cortando o asfalto e abrindo um buraco enorme entre eles e os carros, impedindo-os de seguir.

O herói, da bermuda, então começa a reclamar do sapato:

- Ah, não dá pra lutar com esse tênis. Espera um minuto.

Ele joga a espada no chão e senta para tirar o tênis. Tira os dois, joga as meias no chão, um dos tênis também, mas fica com um deles na mão. Ele pega a espada de volta, olha pro tênis, olha pro inimigo:

- Hm. Se eu jogasse este tênis na sua cara, contaria como chute ou ataque projétil?
- Não acertaria, não importa.
- Supondo que acertasse.
- Podemos estipular que contasse como chute.

O protagonista então fica olhando atentamente para o tênis, mira o inimigo, faz movimentos de arremesso com a mão, mas sem de fato jogar o tênis que tem na mão.

- Você disse que eu não ia acertar, posso saber por quê?
- Eu desviaria ou me defenderia.
- Mesmo se eu jogasse com toda a força?
- Óbvio.
- E se eu jogar com metade da minha força?
- Pior.

Ele olha para o tênis que tem na mão e imediatamente joga na cara do outro maluco, que fica despreocupado e levanta a mão pra se defender. O herói some e aparece do lado do inimigo antes de o tênis percorrer todo o caminho. Dá um chutaço na cara do sujeito, que voa, bate e destrói um muro com o impacto. O tênis vem voando com força na direção e o herói tira a própria cara do caminho, desviando por pouco. O adversário fica todo estourado:

- Joguei com metade da força. Parece que você não conseguiu se defender.
- ...
- Se eu jogasse com toda a força, não ia conseguir chegar antes do tênis na sua frente.
- E você o jogou pra desviar minha atenção. Nada mau.
- Em retrospecto, acho que eu deveria ter cortado a sua garganta com a espada. Mas aí o tema do chute na nossa conversa não ia fazer sentido.

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