9 de novembro de 2005

Tragédia

- Ficou sabendo do que aconteceu na casa da Elizângela?
- Não, me conta!
- Ah, você nem vai querer saber...
- É verdade, não vou.
- Então vou contar, adoro fazer coisas contra a vontade das pessoas. Foi o seguinte, a Elizângela, com aquela carinha de santinha, estava traindo o Alberto com o Marcone!
- Mentira!
- É a mais pura verdade! E, noutro dia, acho que foi na segunda ou na quinta-feira, não lembro bem, o Alberto chegou em seu apartamento e flagrou-a! Flagrou-a tomando chá com o Marcone!
- Meu Jesus amado...
- Pois é, nem preciso lhe dizer como o Alberto ficou irado, né? Começou uma briga enorme na casa da Elizângela, voou chá para todo lado, uma cena horrível de se ver. O Alberto avançou para cima do Marcone, eles se estapearam, ficaram os dois todo estropiados, até que o Alberto pegou uma arma em sua mesa de cabeceira, cruzes, não gosto nem de lembrar...
- Imagino como deve ter sido.
- Ele pegou a arma e saiu atirando no Marcone. O Marcone, que não é bobo nem nada, se escondeu atrás do guarda-roupa. Perto do guarda-roupa tinha uma janela e o Marcone fugiu por ela, só que ele se esqueceu que a Elizângela mora no décimo-segundo andar!
- Ah, meu Deus, que tragédia!
- E não é? Ele saiu voando, o Alberto apareceu na janela e o Marcone disparou um raio laser ótico no infeliz! Uma desgraça sem tamanho.

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